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João Romano Torres

• 1902 - 1995 (Production)

Fonds

13 m.l.; 81 caixas; 72 livros; 568 pastas e 3 envelopes. Papel

João Romano Torres & Companhia

Livraria Romano Torres - João Romano Torres & Companhia Lda

Arquivo Histórico João Romano Torres

A Editora Romano Torres foi criada no final do século XIX por João Romano Torres, que apostou forte na edição de grandes obras ligadas à história de Portugal, biografias históricas, romances de aventuras, policiais e histórias infantis. João Romano Torres nasceu em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1855, filho do decano dos tipógrafos portugueses, Lucas Evangelista Torres e sua esposa, D. Maria Romano Machado. Em 1877, estabeleceu-se como tipógrafo-editor e acedeu ao convite de Henrique Zeferino de Albuquerque para ocupar a direcção da sua oficina tipográfica, permanecendo até 1885. João Romano Torres instituiu em 1885-1899, “O Recreio. Revista Semanal Literária e Charadística”, propriedade anterior de Ignacio Moreira.
No Nº 1 do “O Recreio”, de 29 de Outubro de 1885 disserta sobre a intenção da publicação periódica, que embora tenha nascido para “diffundir a instrucção das letras, para recrear moços e velhos, para cultivar a poesia, a prosa, a historia e a lenda, a charada e o enigma” na realidade o seu principal objectivo é o de roubar ao anonimato novos e valiosos talentos das letras.
Uma posição relevante e prolífica para a colaboração de escritores, não tardou até que daquele empreendimento nascesse a Empresa Editora “O Recreio”, com o mesmo nome. Conhecida pela publicação do romance histórico, de autores como Campos Júnior, Artur Lobo de Ávila, Rocha Martins, entre outros. Igualmente publicou obras valiosíssimas como os “Dicionários da Língua Portuguesa” e os “Dicionários de Higiene e Medicina” de Fernando Mendes, o “Dicionário Universal Ilustrado”, de Eduardo Noronha. Face à consolidação do seu êxito editorial, em 1907 João Romano Torres convida o seu filho primogénito, Carlos Bregante Torres, a associar-se-lhe, tendo os dois criado a firma João Romano Torres & Companhia, que no ano de 1976 passa a designar-se por Livraria Romano Torres – João Romano Torres & Companhia Lda. Contudo a tipografia foi cedida ao filho mais novo de João Romano Torres, Henrique Torres, onde se mantém toda a produção da casa. Ao longo do século XX, a editora ficará conhecida pela aposta em vários tipos de literatura popular (romance sentimental, romance de aventuras, histórias infantis), romance histórico português, história nacional e universal e biografias históricas de figuras nacionais.
Já nos anos 1970, recebe testemunho o último membro da dinastia, o Dr. Francisco Noronha e Andrade, que dirigirá a editora ao mesmo tempo que co-lidera a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros. Em finais de 1980 a editora suspende a sua actividade, por razões de ordem pessoal e empresarial.
O arquivo acompanhou as várias deslocações da sede da editora: da Rua da Barroca, 109 (ao Bairro Alto, 1892) para a Rua D. Pedro V, 82 e 84-88 (1892-1904), enquanto a tipografia Henrique Torres esteve sediada na Rua de São Bento, 279. Seguiu-se a Rua Alexandre Herculano, 120, 120-D e 70-76 (1906-08, 1911-15 e anos 1930 a 1950). Daqui foi transferido para o Largo de São Mamede, 3, onde conviveu com a livraria da casa. Com a extinção da editora, o seu arquivo foi guardado num armazém na Rua Marcos Portugal, 20-A, onde se encontrou até à sua transferência para a FCSH/UNL.
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Centro de História da Cultura, no âmbito de uma política de sensibilização de preservação e conservação de arquivos potencialmente em risco de se perderem e com elevado interesse para a história do Livro estabeleceu um protocolo com o Dr. Francisco Noronha de Andrade. Este acto estabelece os deveres do Projecto em recolher, tratar, preservar, conservar e divulgar a documentação. Produzida pela firma “João Romano Torres & Companhia”, no âmbito da sua actividade desde, salvaguardando-a de condições físicas menos apropriadas como sendo, a humidade e oscilações térmicas, assim como, a sua organização (classificação e ordenação) e elaboração do instrumento de descrição (Inventário) de forma a garantir, facilitar e promover o acesso à mesma.

A documentação foi depositada no Centro de História da Cultura da FCSH-UNL no âmbito de uma política de sensibilização de preservação e conservação de arquivos potencialmente em risco de se perderem e com elevado interesse para a história do Livro estabeleceu um protocolo com o Dr. Francisco Noronha de Andrade, representante dos herdeiros de João Romano Torres.

O Fundo João Romano Torres agrupa documentação gerada pelos diversos departamentos e serviços da empresa, no âmbito do exercício das suas actividades, tais como: Administração Geral (actas, escrituras, verbetes de sociedade e contratos); Contabilidade (controlo do movimento bancário, impostos, facturação, recibos, livros de inventário auxiliar do balanço, livros de balancetes, livros de caixa, livros de credores e devedores, livros diários, livros de razão e livros de registos); Expediente (correspondência expedida e recebida pela firma); Pessoal (folhas de remunerações, horas extraordinárias, horários de trabalho, mapas de pessoal e seguros); Produção e Edição Livreira (contratos de direitos de autores, tradutores e desenhadores, registo de propriedade editorial e existências de livros editados); Vendas, Compras e Distribuição (correspondência comercial nacional e internacional, registo de encomendas e certificados de origem nacional); Feiras do Livro Nacionais e Internacionais, bem como a actividade de Direcção da APEL e a área da Iconografia (Ilustrações e Fotografias).

Os documentos do Fundo João Romano Torres, considerando o seu valor histórico e a sua função de testemunho patrimonial, não serão sujeitos a eliminação.

Fundo fechado, salvo incorporações por doação.

A organização da documentação tem por base o contexto das diferentes actividades, funções e interesses da Livraria Editora João Romano Torres. Numa panorâmica vertical descendente, o fundo é composto por 7 secções, 40 séries, 2 subséries. A estrutura geral do sistema de organização do fundo é apresentada no quadro de classificação documental, multinível, que poderá também servir de guia para uma noção geral das várias actividades desenvolvidas pela Livraria Editora. No que se refere à disposição dos documentos dentro das unidades de descrição, adoptaram-se preferencialmente critérios de ordenação sequencial cronológica, alfabética, numérica, temática e orgânico-funcional.

O acesso ao acervo documental Romano Torres pode ser consultado, apesar de alguns documentos estarem condicionados por restrições com o seu estado de conservação. Os documentos que incluem informações pessoais a sua utilização é regulamentada pela Lei n.º 67/98, que regulamenta a protecção de dados pessoais. A consulta das espécies documentais será feita mediante uma autorização, após o preenchimento de uma requisição onde constem elementos sobre a identificação pessoal do requisitante e uma justificação dos seus objectivos específicos.

A reprodução dos documentos, independentemente da técnica utilizada, está sujeita ao estado de conservação dos mesmos e à boa justificação dos fins a que se destina. A documentação depositada é colocada à disposição dos utilizadores, ficando sujeita à reprodução sempre que seja solicitada. De qualquer forma, a sua reprodução deverá ser solicitada por escrito dirigida ao CHC - Centro de História da Cultura e o seu deferimento encontra-se sujeito a algumas restrições tendo em conta o seu estado de
conservação.

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• français
• anglais
• italien
• portugais

Em termos gerais, o acervo documental encontra-se em razoável estado de conservação, contudo existem casos pontuais de documentos e livros com rasgões e outras deteriorações do suporte, resultante quer de um mau manuseamento, quer de um mau acondicionamento, com consequências para a boa leitura dos documentos.

Inventário

Para ter acesso às Secções F e G, é favor de clicar na seta do lado esquerdo da árvore hierárquica do Fundo, pois a árvore não mostra todas as secções.

• João Romano Torres & Companhia (Producteur)
• Livraria Romano Torres - João Romano Torres & Companhia Lda (Producteur)

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS – ISAD (G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adoptada pelo Comité de Normas de Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 Setembro de 1999. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2ª ed. Lisboa: IAN/TT, 2004. [Em linha]. Disponível em WWW: www.dgarq.gov.pt/files/2008/10/isadg.pdf>.
CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS – ISSAR (CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Colectivas, Pessoas Singulares e Famílias / Conselho Internacional de Arquivos. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo.- 2ª ed. Lisboa: IAN/TT, 2004, 79 p.
DIRECÇÃO GERAL DE ARQUIVOS. PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO PARA A DESCRIÇÃO EM ARQUIVO. GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007 [Em linha]. Disponível em WWW: http://www.dgarq.gov.pt/files/2008/10/oda1-2-3.pdf>.
NP 4041: 2005 – Informação e Documentação. Terminologia arquivística: conceitos básicos. Lisboa: IPQ; CT7.

Finale

Moyen

Criado em 2013-11-25

• portugais

Condições de acesso:
LEI n.º 67/98, de 26 de Outubro. Diário da República, I Série A. 247 (1998-10-26) 5536-5546. Lei de protecção de dados pessoais. Disponível em: http://dre.pt/pdf1sdip/1998/10/247A00/55365546.pdf.

DECRETO-LEI n.º 16/93. D.R. Série I-A. 19 (1993-01-23) 264-270.

Condições de reprodução:
DECRETO-LEI n.º 63/85, de 14 de Março. Diário da República, I Série. 61 (1985-03-14) 662-689. Código do direito de autor e dos direitos conexos. Disponível em: http://dre.pt/pdf1sdip/1985/03/06100/06620689.pdf.

Criado por: Patrícia Cordeiro