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Roque Gameiro: 150 anos

Roque Gameiro: 150 anos
Gameiro, Roque, A cidade do ouro_FRISO2

No mês em que se celebra 150 anos do nascimento de Alfredo Roque Gameiro (4 de Abril de 1864 – 5 de Agosto de 1935), celebrado aguarelista e importante capista da Romano Torres, destacamos a sua biografia e disponibilizamos ao público uma galeria digital de ilustrações originais (espólio Francisco Noronha Andrade).

Aproveitamos também para destacar a exposição «Roque Gameiro, o Mar, a Serra e a Cidade», que está patente nos Paços do Concelho, em Lisboa, até 25 de Abril.

 

 

Roque Gameiro

Roque Gameiro (Ilustração Portugueza de 7/VI/1909)

Alfredo Roque Gameiro
(Porto de Mós, 1864 – Lisboa, 1935)

 

Roque Gameiro, conhecido pintor, foi também um importante aguarelista e ilustrador.

Pretendeu seguir a carreira naval, mas, não o tendo conseguido fazer, empregou-se como aprendiz numa empresa litográfica, onde cedo demonstrou os seus dotes. Publicou com outros autores de renome da sua época – Rafael Bordalo Pinheiro, Columbano e Manuel de Macedo – uma série de litografias intituladas Tipos populares portugueses.

Em 1893, frequentou como bolseiro do Estado a Escola de Artes e Ofícios de Leipzig, no intuito de aperfeiçoar a sua técnica litográfica.

É tido como o discípulo mais importante do aguarelista Enrique Casanova, embora à época a técnica de aguarela não fosse especialmente apreciada em Portugal. Aperfeiçoou esta arte a tal ponto que chegou a ser considerado como o primeiro aguarelista português. Os seus temas alargavam-se das paisagens às cenas da vida lisboeta, passando pelas suas célebres marinhas. Reuniu reproduções das suas aguarelas mais importantes no álbum Lisboa Velha, acompanhadas por textos de Afonso Lopes Vieira.

Notabilizou-se também como retratista e ilustrador. Foi nesta última categoria que colaborou com a então chama Empreza Editora e Typographica «O Recreio», empresa de João Romano Torres que depois se transformou na editora Romano Torres.

Em colaboração com Alfredo de Morais [1], Roque Gameiro foi responsável pelas ilustrações de pelo menos duas obras de Rocha Martins editadas sob a chancela da Recreio: Bocage (s.d.) e Gomes Freire (s.d.). Sozinho, ilustrou pelo menos a obra, também de Rocha Martins, Maria da Fonte (s.d). Estes livros foram publicados com certeza nos finais do século XIX em fascículos, e eram publicitados como «edição de luxo, acompanhada de photo-gravuras dos principaes personagens, e com primorosas ilustrações» [2].

Para além de se ter notabilizado como pintor, Roque Gameiro deixou também cinco filhos que se dedicaram sem excepção às artes.

 

Afonso Reis Cabral
28-01-2014

 

 

Bibliografia activa (selecção de algumas obras)

 

Maria da Fonte: romance historico, 1903, 2 vols., Lisboa: J. Romano Torres.
Localização:        L. 3588 A. e L. 3588 A. (BNP)

Bocage: romance original, [19–], 2 vols., Lisboa: João Romano Torres.
Localização:        L. 41020-21 V. e H.G. 8623-24 V. (BNP)

Gomes Freire: romance historico original, [19–], 2 vols., Lisboa: João Romano Torres.
Localização:        L. 3681 A., L. 3682 A., L. 3683 A. (BNP) e L. 3684 A. (BNP)

 

Bibliografia passiva

 

Abreu, Maria Lucília, 2005, Roque Gameiro 1864-1935: o homem e a obra, Lisboa, ACD Editores.

Pamplona, Fernando de, 2000, Dicionário de pintores e escultores portugueses ou que trabalharam em Portugal, vol. IV, Lisboa: Civilização Editora.

Ilustração Portugueza, 7/VI/1909, «Em casa de Roque Gameiro» (última consulta a 28-01-2014)

 

 


[1] Vd. resenha dedicada a este autor.

[2] Bocage, Rocha Martins, paratexto do tomo VI, cf. bibliografia.